parquinho

brincando de design, virando designer

por Caroline Speridião

E se minhas criações de infância, quando design era uma brincadeira, fossem expostas como um conjunto de obra sério?

Os dados estão fragmentados. Alguns arquivos abrem, outros não abrem mais. Outros estão perdidos em algum HD escondido no porão. Outros eu mesma decidi deletar por algum motivo juvenil, outros estão em formatos que não tenho mais o programa certo para abrir.

Ao longo do tempo irei completar a coleção conforme eu for encontrando novos arquivos. Mas como uma ode a esse passado colorido, decidi abrir esse espaço expositivo para guardar esses artefatos em bits que contam minha história antes do Design ser minha profissão, quando eu brincava de design inventando, por exemplo: minigames, desenhos e ambientes imaginários.

É estranho revisitar meus “designs” de criança, querer mostrar esse lado meu que ainda não tinha um rigor estético formado. Mas a ideia do museu-parquinho é a de criar um ambiente que respeite essa estranheza. A designer que vive em mim atualmente está cumprindo uma missão, a de arquivar e ter carinho pelas brincadeiras que me tornaram quem eu sou hoje. Procure seus desenhos de criança. Guarde-os com carinho. É como usar o colar de macarrão que a você mais jovem fez para a você do futuro.

E se minhas criações de infância, quando design era uma brincadeira, fossem expostas como um conjunto de obra sério?

Os dados estão fragmentados. Alguns arquivos abrem, outros não abrem mais. Outros estão perdidos em algum HD escondido no porão. Outros eu mesma decidi deletar por algum motivo juvenil, outros estão em formatos que não tenho mais o programa certo para abrir.

Ao longo do tempo irei completar a coleção conforme eu for encontrando novos arquivos. Mas como uma ode a esse passado colorido, decidi abrir esse espaço expositivo para guardar esses artefatos em bits que contam minha história antes do Design ser minha profissão, quando eu brincava de design inventando, por exemplo: minigames, desenhos e ambientes imaginários.

É estranho revisitar meus “designs” de criança, querer mostrar esse lado meu que ainda não tinha um rigor estético formado. Mas a ideia do museu-parquinho é a de criar um ambiente que respeite essa estranheza. A designer que vive em mim atualmente está cumprindo uma missão, a de arquivar e ter carinho pelas brincadeiras que me tornaram quem eu sou hoje. Procure seus desenhos de criança. Guarde-os com carinho. É como usar o colar de macarrão que a você mais jovem fez para a você do futuro.

Meet the artist: Caroline12340

Caroline, de aproximadamente 9 anos (nascida em 2000), adora:

  • A cor rosa;
  • Desenhar personagens;
  • Super Mario;
  • Cultura pop;
  • ... E qualquer coisa super girly e brilhante que vê pela frente.

Ela tem uma espécie de alter-ego digital que vive mudando de nome, mas que sempre contém alguma palavra como “fashion”, “glamour”, ou alguma coisa do tipo. Esse alter-ego está em tudo que faz: desde seus jogos de plataforma (nunca finalizados, com só um nível incompleto na melhor das hipóteses), até seus AMV’s de suas músicas favoritas. Super online, seu parquinho era o computador, e os brinquedos eram programas: Scratch, Photoshop, até o Flash!

A criatividade e curiosidade sempre estavam me acompanhando: no Scratch (um app/linguagem de programação voltada para crianças) eu inventava e programava diversos cenários: o de um Paint para design de looks para a passarela, o de um jogo onde você é uma fada customizável, ou mesmo o de um celular quadrado que tem só 3 aplicativos, com tudo super cor de rosa.

Mal sabia que, conforme eu crescia, eu iria: me rebelar e deletar muitos dos meus projetos do Scratch da internet para depois na adolescência voltar a criar glitch art, renders, vídeos para trabalhos da escola e anéis impressos em 3D.

Essa história colaborou para um desfecho previsível: virei designer mesmo!

Arraste